Mas a vida decorre normalmente,
E nada é por acaso uma linha divergente,
Há sempre uma razão que se mostra descontente
Para que possa lembrar o olhar coerente
E, então, há sempre uma porta que se abre
Há sempre cores e sonhos que nos invade
E a vida brilha, rebola e reabre
No brilho simples de um olhar,
Simplesmente para nos fazer lembrar
Que nada acontece por acaso...
No céu cai a chuva decidida
A toda a poluição da dor limpar
Para que possa prosseguir a vida
Para que de novo possa o mundo olharl
Abre-se uma nova porta de esperança,
Volta a brilhar o sonho de criança
E o tempo tranquilamente suspira
Porque sabe que tudo fez sem interesse,
Porque sabe que essa paz bem merece
Por saber dar valor a quem o ama,
A quem dá valor à sua amizade,
A quem, apesar de dançar noutras pistas sempre chama
As cores que lhe trouxeram sinceridade
De sentimentos e valores
Porque nesta vida há lugar para tudo e todas as cores,
Por isso, nada acontece por acaso...
Luisa Abreu
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